sábado, 24 de novembro de 2012

Se os filhos da puta voassem nunca veríamos o sol


Se os filhos da puta voassem nunca veríamos o sol

«Si algú se sent al·ludit, i  ales que no voli (Si alguien se da por aludido y tiene alas, que no vuele)
El refrà que cantaré es adagi de carrerja me'l deien al bressol (El refrán que cantaré es adagio de la calleya me lo decían en la cuna)
Si els fills de puta volessin no veuríem mai el sol (Si los hijos de puta volasen nunca veríamos el sol)
Potser ens ajupim sovint, (Puede que nos agachemos a menudo,)
no es per hàbit ni caprici (no es por costumbre o capricho)
Que es per esquivar el calbot, (Es para esquivar la colleja,)
i esperar el moment propici tan si es vol com si no es vol (y esperar el momento propicio tanto si se quiere como si no)
Si els fills de puta volessin no veuríem mai el sol (Si los hijos de puta volasen nunca veríamos el sol)
Al camp la fruita es podreix, (En el campo la fruta se pudre,)
hi ha massa intermediaris (hay demasiados intermediarios)
No hi ha planificació (No hay planificación)
Això diuen els diaris i així resa el camperol (Eso dicen los periódicos y así reza el agricultor)
Si els fills de puta volessin no veuríem mai el sol (Si los hijos de puta volasen nunca veríamos el sol)
Suïssa han ingressat, (En Suiza han ingresado,)
mils de milions a cabassos (Miles de millones a espuertas)
Després diuen que es l'obrer, (Después dicen que es el obrero,)
el culpable dels fracassos i la manca de control (el culpable de los fracasos y la falta de control)
Si els fills de puta volessin no veuríem mai el sol (Si los hijos de puta volasen nunca veríamos el sol)
ciutat anem de cul, (En la ciudad vamos de culo,)
ningú s'aclareix tot falla (nadie se aclara y todo falla)
Ja no podem respirar, (Ya no podemos respirar,)
tothom mes o menys la balla de l'Agost fins al Juliol (Quien más quien menos la baila desde agosto hasta julio)
Si els fills de puta volessin no veuríem mai el sol (Si los hijos de puta volasen nunca veríamos el sol)
Surten al carrer estant, (Salen a la calle,)
cansats de falses promeses (cansados de falsas promesas)
Sona un tret com un fuet, (Suena un tiro como un latigazo,)
cau mortles mans esteses, (Y cae muerto con las manos extendidas)
deixa dona, fill i dol (Deja mujerhijo y duelo)
Si els fills de puta volessin no veuríem mai el sol (Si los hijos de puta volasen nunca veríamos el sol)
Heu d'oblidar si podeu, (Hay que olvidar si podéis,)
aquests 40 anys de gloria (estos 40 años de gloria)
A mi no em preocupa gens, (A mi no me preocupa,)
perquè tinc mala memòria i el cap dur com un pinyol (porqué tengo mala memoria y la cabeza muy dura)
Si els fill de puta volessin no veuríem mai els sol (Si los hijos de puta volasen nunca veríamos el sol)
La unitat no te destí, (La unidad no tiene destino)
l'univers no es cap llimona (El universo no es un limón)
Tinc un passaport que diu: (Tengo un pasaporte que dice:)
Ha nascut a Barcelona i per tant es espanyol (Ha nacido en Barcelona y por tanto es español)
Si els fills de puta volessin no veuríem mai el sol (Si los hijos de puta volasen nunca veríamos el sol)
Jo cada cop veig mes clar, (Cada vez lo veo más claro,)
el poble diu el que pensa (el pueblo dice lo que piensa)
Hem aprés aquest proverbi (Hemos aprendido este proverbio)
amb mútua complaença cantem com un home sol (y con mutua complacencia cantemos como un solo hombre)
Si els fills de puta volessin no veuríem mai el sol (Si los hijos de puta volasen nunca veríamos el sol)

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Eduardo Catroga - Um canalha passeando pela brisa da tarde



LEIAM ATÉ AO FIM. COMPARTILHEM. É PRECISO QUE TODOS SAIBAM COMO PORTUGAL ESTÁ A FUNCIONAR!

Hoje (12/7/2012) houve manifestação de professores em Lisboa contra as políticas anti-sociais do governo, contra os despedimentos constantes e a precariedade. Por solidariedade, fui também. E vi o que preferia não ter visto... Mas que não me permitiu controlar a raiva.
Já havia centenas de professores concentrados no Rossio. Quase todos novos, muitos desempregados (como revelavam os cartazes que levavam consigo) ou então contratados de forma precária, havendo mesmo aqueles que vivem em casa dos pais por não ter dinheiro. No meio desta gente fixei, de súbito, os meus olhos numa figura odiosa: Eduardo Catroga. 
Tudo isto não teria passado de um formigueiro no estômago se o homem não estivesse vestido a rigor, de fato e gravata caros, e não se tivesse sentado numa cadeira para um homem lhe engraxar os sapatos, enquanto tudo observava com um ar entre o nojo e o sarcasmo, a troça asquerosa de quem olha para o resto do mundo como se todas as pessoas fossem suas súbditas. Não, ele não estava ali por acaso. O olhar de víbora, cheio de veneno, e o sorriso de lobo faminto enquanto lhe engraxavam os sapatos denunciavam que aquele era uma acto propositado e de provocação.
Ainda tentei não reagir e deixar passar a situação, mas não consegui perante tamanha arrogância. Não sei onde fui buscar aquelas palavras, mas a verdade é que me aproximei do velhaco e disse:
- Você até pode parecer que está a dar emprego a alguém neste momento, não é? - e apontei para o engraxador - Até se estará a sentir bonzinho, não é? Mas você devia era ter vergonha. Você e os seus amiguinhos que pensam que nós existimos apenas para vos engraxar! Um dia.. Um dia isto vira!
Tremiam-me as mãos de raiva. E ainda me tremeram mais quando ouvi a resposta daquele canalha:
- Olhe, sabe o que eu lhe digo? Deixe mas é de viver à custa dos seus pais e vá mas é trabalhar!
Fiquei escandalizada. Mas o que é isto? Eu tenho 18 anos, vou agora para a faculdade. Sem equivalências a nada, como certos membros deste governo. Tenho 18 anos, é lógico que viva em casa dos meus pais! Se eu fosse trabalhar agora, como já vi acontecer a várias pessoas da minha idade, isso sim, seria mesmo exploração. Somos mão-de-obra barata. No fundo, parece que voltámos ao tempo da revolução industrial, misturada com um semi-fascismo! E agora vem o Catroga, que explora tanta gente, dizer que eu tenho que sair de casa dos meus pais! E pensará ele que quem não está a trabalhar por estar desempregado ou vive em casa dos pais por não ter dinheiro se encontra nessa situação por escolha própria?! Não aguentei.
- Pois, mas eu pelo menos não andei a explorar ninguém!
- Você quer é atenção!
O meu choque não tinha limites e, sem controle, larguei um chorrilho de expressões politicamente incorrectas, dirigidas com cólera àquela besta. A verdade é que se juntou ali gente que deu conta da confusão e Catroga saiu de fininho, mantendo no entanto o riso nojento. Mas a situação ficara ali gravada.
Por favor, partilhem este texto. Isto já foge daquelas divergências entre esquerda e direita. É uma questão de bom senso. É o estado do país em que estamos. É preciso que todos saibam onde estamos metidos. MUITO CUIDADO! Andam aí feras disfarçadas de avô!